O Seminário de Boas Práticas da Rede SESI Bahia chegou à sua 5ª edição reforçando o compromisso com a valorização dos professores e com a inovação nas práticas pedagógicas. Realizado no dia 10 de outubro, no Hostel Fiesta, em Salvador, o evento reuniu docentes de diversas escolas da Rede para apresentar os projetos finalistas do Prêmio Boas Práticas 2025, que teve como tema “IA: contribuições possíveis para diálogos pedagógicos promovendo a aprendizagem dos estudantes”.
A iniciativa reconhece experiências que fortalecem o processo de ensino-aprendizagem e estimulam o compartilhamento de estratégias criativas desenvolvidas no cotidiano escolar. Em 2025, os trabalhos inscritos demonstraram como a inteligência artificial pode ser incorporada de forma crítica e responsável nas salas de aula, ampliando possibilidades de interação e engajamento dos estudantes.
Confira os projetos premiados nesta edição:
Educação Regular
Gislaine Amorim Santos, educadora da Escola Anísio Teixeira, apresentou o projeto “Inteligência Artificial e Realidade Aumentada: Aprendizagem Interativa dos Modelos Atômicos”. A proposta combinou IA e realidade aumentada para simular entrevistas com cientistas responsáveis pelos modelos atômicos (Dalton, Thomson, Rutherford, Bohr). Os estudantes elaboraram perguntas detalhadas, interagiram com o ChatGPT e visualizaram modelos atômicos em 3D, desenvolvendo habilidades investigativas, pensamento crítico e compreensão dos conceitos químicos de forma prática e contextualizada.
Já a docente Katiane Martins de Oliveira, da Escola Maria Odília Teixeira, venceu com a “Cartilha de Termos Capacitistas: O Uso da IA para Promover uma Linguagem Inclusiva. O projeto consistiu na produção de uma cartilha orientadora sobre expressões capacitistas, com uso de IA (Copilot) para análise crítica do discurso, reescrita criativa e diagramação acessível. A prática promoveu letramento digital, reflexão ética e cidadania, ampliando a compreensão de linguagem inclusiva entre estudantes e comunidade escolar.
Os educadores Ed Frank dos Santos Silva e Luana Ribeiro de Freitas, da Escola Djalma Pessoa, apresentaram “IA como recurso pedagógico na construção de paródias, para a inovação do ensino da matemática”. O projeto utilizou IA (Copilot e Suno – AI for music creators) para criação de músicas educativas que abordassem conteúdos curriculares, promovendo engajamento estudantil e aprendizagem significativa. Os resultados preliminares indicaram maior participação dos estudantes, melhor memorização de conceitos e aproximação entre linguagem escolar e interesses juvenis.
Categoria Educação Jovens e Adultos
A professora Diana Aparecida Santos de Oliveira, da Escola SESI Milton Santos, apresentou “A inteligência artificial na construção de diálogos pedagógicos sustentáveis e significativos”. O projeto integrou IA (Microsoft Copilot) para a criação de um cardápio sustentável e de um podcast sobre alimentação saudável. Os estudantes elaboraram prompts, construíram o conteúdo e usaram ferramentas digitais (Canva, QR Code, Spotify) para divulgar os produtos. Uma oficina prática com receita de “bolo de casca de banana” consolidou conceitos de nutrição, reaproveitamento de alimentos e sustentabilidade, desenvolvendo competências digitais, sociais e pedagógicas na EJA.
Os docentes Ítalo Alan Barbosa Bispo e Kellen Virgínia Fernandes Passos, da Escola João Gilberto trouxeram o “IAgora: Um podcast da EJA sobre inteligência artificial, habilidades e direitos”. O projeto promoveu letramento digital crítico na EJA, combinando pesquisa sobre IA, direitos trabalhistas e análise de dados coletados via questionário online. Os estudantes usaram ferramentas de IA (Gemini, Deepseek, Qwen) para construir roteiros, produzir o podcast “IAgora” e refletir sobre impactos sociais e éticos da tecnologia. A experiência desenvolveu pensamento crítico, habilidades digitais, consciência cidadã e participação ativa na cultura digital.
“O Seminário de Boas Práticas é um espaço de troca e inspiração, onde o protagonismo docente se alia à inovação para construir caminhos cada vez mais significativos para a aprendizagem. Nessa edição, pudemos ver como a inteligência artificial pode ser aliada no dia a dia dos professores como apoio de sequências didáticas e planejamentos otimizando o tempo para focarem na medicação dos estudantes. analisa Cléssia Lobo, superintendente de Educação e Cultura do SESI.
Fonte: FIEB